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As Motivações da GARDE

  • 18 de janeiro de 2021

Ao longo da existência humana, a ocupação do espaço geográfico se expandiu de forma célere e, na maioria dos casos, de forma totalmente desordenada e não planejada. Em termos de abundância de indivíduos, pode-se até mencionar que o Homo sapiens é uma espécie bem sucedida, tendo um crescimento vertiginoso (levamos 100 mil anos para atingir 1 milhão de indivíduos e apenas 200 anos para chegar a 7,5 bilhões). Entretanto, este suposto sucesso numérico foi produto de práticas diversificadas do uso dos recursos naturais, muitas destas que vêm se mostrando extremamente danosas ao meio ambiente.

Os impactos negativos da forma insensata com a qual nós usufruímos os recursos naturais e ocupamos o espaço geográfico têm sido evidenciados por diversos estudos científicos e pela intensificação de problemas no dia-a-dia da população de forma global, como nos aspectos de qualidade alimentar, na qualidade da água e do ar, na mobilidade, nos problemas de moradia, e principalmente agora na maior crise sanitária em cem anos. A pandemia do coronavírus também tem suas raízes nos impactos da ação  humana sobre o meio-ambiente. 

A pandemia escancarou abismos sociais e expôs as limitações na capacidade de prevenção e mitigação de desastres no Brasil e em vários países do mundo.

O ano de 2020 nos deixou uma mensagem clara: precisamos urgentemente mudar o modo como interagimos com o meio ambiente e entre nós mesmos. Neste contexto, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), o Marco de Sendai para a Redução do Risco de Desastres apresentados em 2015 pela ONU e pela UNDRR (Escritório das Nações Unidas para Redução do Risco de Desastres), e  a proposta da Década da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável são nossas principais guias de ação para que sejamos uma sociedade mais justa e integrada ao nosso meio.  

Nosso foco principal está no diagnóstico e prevenção dos riscos ambientais e socioambientais. Nossa abordagem se baseia na premissa de que devemos conhecer o espaço geográfico, conhecer as comunidades que nele habitam e suas interações com este espaço, quais os impactos gerados pelos dois agentes, as relações causa-efeito e, de forma final, quais os riscos envolvidos.

Para tal, entendemos que uma das palavras-chave seja MONITORAMENTO. Monitorar significa conhecer, como se está e para onde vamos, possibilitando que se escolha de forma consciente a rota mais sensata para a convivência entre o homem e o meio ambiente.

No Brasil este é um termo pouco falado e raramente implementado, pois carecemos de iniciativas que visem a aquisição de dados de parâmetros e processos de forma contínua e a longo prazo.  Temos certeza que esta realidade pode ser paulatinamente alterada, desde que sejam alocados recursos e esforços de forma objetiva, envolvendo equipes multidisciplinares, congregando elementos privados e públicos em torno de metas concretas e compartilhadas. Nosso trabalho seguirá com esta abordagem, seja criando alternativas ou nos agregando às iniciativas já existentes.

Contamos com sua ajuda neste sinuoso percurso.

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